terça-feira, 15 de setembro de 2009

Acidente Vascular Cerebral


O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos: a) acidente vascular isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes. b) acidente vascular hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.Sintomasa)acidente vascular isquêmico ·perda repentina da força muscular e/ou da visão ·dificuldade de comunicação oral ·tonturas ·formigamento num dos lados do corpo ·alterações da memória Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos. b)acidente vascular hemorrágico ·dor de cabeça ·edema cerebral ·aumento da pressão intracraniana ·náuseas e vômitos ·déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmicoRecomendações·Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames; ·Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria. Ouça sempre a orientação de um médico; ·Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas; ·Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares; ·Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente; ·Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC; ·Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc.Fatores de risco Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos: ·hipertensão arterial ·colesterol elevado ·fumo ·diabetes ·histórico familiar ·ingestão de álcool ·vida sedentária ·excesso de peso ·estresseTratamentoAcidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou artérias comprometidas. Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Efeito Estufa


O efeito estufa consiste na "retenção de calor" junto à superfície da Terra, em virtude da "opacidade" dos gases de estufa que se concentram na baixa atmosfera eregulam o seu equilíbrio térmico. Este efeito possibilita a manutenção de umatemperatura média global perto da superfície do planeta da ordem de 15°C, que seriade -18°C na sua ausência, inviabilizando a vida como a conhecemos atualmente. Assim, aquilo que a mídia vulgarmente se refere como efeito estufa associado àatividade humana é, na verdade, a potenciação de um fenômeno presente através dahistória geológica do planeta e crucial para a biosfera. Os principais gases de estufa (referidos no Protocolo de Quioto) representammenos de 1% da composição da atmosfera: vapor de água, dióxido de carbono, óxido nitroso, metano, clorofluorocarbonetos, hidrofluorocarbonetos, perfluorocarbonetos e, ainda, hexafluoreto de enxofre, sendo estesquatro últimos de origem sintética. No milênio anterior à Era Industrial, a concentração atmosférica dos gases de estufa naturais permaneceu relativamente constante. Porém, a sociedade industrializada depende da utilização docarvão e dos hidrocarbonetos naturais (gás natural, petróleo) como fontes primárias de energia, e o aumentoexponencial das necessidades energéticas, aliado à desflorestação, trouxe como conseqüência o aumento daconcentração de CO2 na atmosfera.O aumento da concentração, na atmosfera, dos gases com efeito de estufa deve provocar um aumento datemperatura média e, conseqüentemente, perturbar o clima global. Até há 10 anos atrás, a comunidade científicadebatia se era possível estabelecer relações seguras de causa-efeito entre a tendência de aquecimento observadae o aumento da concentração de gases de estufa. Hoje, existe consenso sobre esta matéria e a quase totalidadedos cientistas aponta a atividade humana como responsável primordial. Durante o século XX, a temperaturamédia superficial aumentou de (0,6 ± 0,2)°C, provavelmente a maior variação positiva ocorrida nos últimos 1000anos. A verificar-se um dos cenários de aquecimento mais dramáticos, podemos afirmar que nunca o nossoplaneta experimentou uma elevação térmica tão intensa num intervalo de tempo tão curto, pelo que não existeregistro geológico das respostas ambientais a este tipo de solicitação - estamos, portanto, a realizar umaexperiência de dimensão planetária. "E se a estufa em que vivemos for inundada? A subida do nível médio do mar: algumas causas e conseqüências",César Andrade e Conceição Freitas, Cadernos Didácticos de Ciência, vol. 2., Ministério da Educação de Portugal, 2001 (adaptado)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Inclusão Social: Uma Questão de Políticas Públicas


A inclusão social é uma questão de políticas públicas. Vou construir minhas ponderações sobre esta afirmação, visualizando em primeiro lugar o terreno das nossas lutas pela observância dos direitos das pessoas com deficiência.

Tem sido uma prática muito comum discutirmos e deliberarmos sobre os direitos das pessoas com deficiência, por vezes focalizando alguns desses direitos e por vezes focalizando todos os direitos de uma forma geral. Como conseqüência dessa prática, decretos, leis e outros instrumentos formais têm surgido com certa freqüência e abundância em todo o Brasil, particularmente nas regiões mais desenvolvidas.
Na mesma extensão e na mesma profundidade, temos gerado políticas públicas em resposta às necessidades das pessoas com deficiência. Cada política pública foi formulada grandemente fundamentada em decretos e leis, assim como em declarações e recomendações de âmbito internacional. E cada política pública tem refletido os valores e paradigmas vigentes em determinados lugares e tempos, assim registrando as mudanças de mentalidade que ocorreram ao longo da história.
E quando hoje examinamos com maior cuidado as políticas públicas, os decretos e as leis, sentimos a urgente necessidade de procedermos à sua atualização por motivos os mais diversos: Por exemplo, podemos achar que as diversas políticas sociais estão se sobrepondo em alguns pontos ou apresentam lacunas, ou então algumas de suas linhas de ação estão em conflito ideológico com as novas situações, ou então parecem uma colcha de retalhos.